Um tapa na cara do status Quo!

sábado, 20 de novembro de 2010

Tendenciosa

Ela sabe o que te faz feliz
É o prestígio do estereótipo
A tela da sensibilidade
Seu elo com a natureza
A veia cômica da história
Epifania Brilhante
E a não aceitação da diferença...
É a interação face a face
De mentes sem essência
A tendenciosa liberdade
É uma sádica violenta...
Ela é a mágoa do infeliz
O beijo frio da insônia
A arte de gente morta
E o jardim de nossa babilônia
A cova rasa da memória
A caixa de Pandora
Crua metáfora de nossa falência
É a interação face a face
de mentes sem essência
A tendenciosa verdade
Te induz a dormência
Seu ator militante parece me mostrar
O exemplo de conduta que eu
recuso a ter!
É a interação face a face
De mentes sem essência
A tendenciosa sobriedade
Guarda um homem em latência...


Acho que a foto por si só explica a letra, não?

Uma Cantiga de desastre

Bem, como todo poeta que se preze, eu faço poesia(novidaaaaaaaaaade!). Eu tenho uma banda de punk rock, que penso eu é a mais underground do mundo! Pouquíssima gente conhece(acho que umas 20), por ainda não termos nada gravado. Ela inspirou o nome desse blog. Cianeto, como esse blog surgiu para romper com o status quo e falar um pouco das mazelas que vivo ou presencio no meu cotidiano. A seguir, vocês conhecerão um pouco da minha loucura particular, em alguns poemas, que na verdade, são letras que serão aproveitadas num futuro próximo. Apreciem, odeiem, roubem a ideia, sei lá. A seguir, postarei, uma letra chamada "Tendenciosa". Deixo a interpretação a seu critério, odioso leitor. Não espere um Soneto de Camões, sou muito severo na escrita. Lirismo, estética, vê se você encontra tudo isso lá na Puta que pariu, ok?.
Abraços Libertários a todos e todas. 

O Forjar de Um Poeta


Bem, “eu não vou ficar aqui tentando escrever para vocês uma espécie de” manual de instruções” de como ser um poeta, apesar de que o título em uma primeira análise pareça bem sugestivo. Já que o blog é meu, as palavras saíram da minha mente e tenho uma liberdade incomum ,diferente do que vejo em outros centros com seus impérios de institucionalização, posso tocar essa bagaça como bem entender, caso não goste, ponha-se daqui para fora, ok?
Não creio que a poesia precise de um referencial. Cara, tem gente que ler Shakespeare e já quer  ser um Shakesperiano, ler Drummond, quer ser drummoniano, ler Marx, quer ser um marcxiano...kkkkkk(sim, foi idiota, foda-se).  Esse é um forjar, um constituir-se bem ridículo, no pior sentido da palavra. É como se estivesse pagando alguém que não é você para fazer o seu trabalho. É coisa de gente que não quer sujar as próprias mãos com o sangue da criatividade pessoal. Penso que todos nós temos referenciais na vida, temos influências e heróis, crenças e preconceitos, (aquele que não tem preconceito, pra mim não é humano, ou é o messias cristão), mas não é procurar dar uma espécie de continuidade a obra ou as ações deles... Que tal começar a pensar em uma história em que você é o ator principal, dono dos versos, das rimas, da erudição, ser a fonte primária do esdrúxulo e do inimaginável, da angústia ou de outros sentimentos ou motivações que te fazem escrever, caramba? São essas as fontes de inspiração que imortalizam uma obra. Não digo que não deve existir influência, até porque seria muita pretensão de minha parte falar isso. A influência aparece no que escrevemos, mas discretamente, inconsciente, ali, oculto, como se não se fizesse presente. Não é algo que deve ser exposto como um prêmio entende?E é justamente isso que diferenciaPoetas” de poetasP maiúsculo, animal?). (entendeu o
A atitude de inovar parte por esse pressuposto de você tentar ser você mesmo. A graça está (pelo menos para mim) no fim do seu trabalho, quando este será divulgado ou lido por alguém, e esse alguém se encontrar naquilo que você escreve. É gratificante. Você se sente vivo por estar projetado na vida de outras pessoas. A graça disso tudo é VOCÊ SER A REFERÊNCIA, não abarcar sempre as costas de alguém que tu julgas como um gênio. A genialidade é apenas um resultado espetacular de alguém que resolveu ir contra o que já é convencional, cristalizado, contra o falido e o legitimado, entende? As conquistas só surgem com o seu devido valor quando encontramos as dificuldades e dedicamos nossas vidas, corpo e alma no intuito de transcendê-las. Entenda que o ser humano adora um desafio e o fato de ele estar vivo até hoje, tem haver com a constante superação desses desafios, rompendo com a perspectiva do que era considerado impossível de se conquistar.   
Então é isso. Faça seu sistema de poesia, foda com as rimas ou valorize as mesmas, xingue bastante ou explore a beleza do seu eu lírico, faça cantigas de amor ou de desastre, seja um pouco egoísta no que escreve ou demonstre sua vontade de salvar o mundo. O importante é que essas coisas devem sair de você, devem ser questões apontadas pelas recrudescências da sua alma, de suas inspirações e instigações sobre o que te motiva ou te corrompe.
Tenho Dito.
Vive filho da mãe! Não vai achar que o outro é o máximo que você pode chegar...
Anarquia sempre.

sábado, 6 de novembro de 2010

O que é "Ser punk"?



Cara, vivo pensando sobre isso. No fim das contas talvez não passe de um rótulo idiota de xiitas que parecem ser jurados de algum “show business”, por dizerem, “oh, aquilo é o punk, aquilo não é, sei lá, são bichas” (nada contra os homossexuais, não me entendam mal)... Segregações, rótulos, são merdas que as tradições impõem, para mais na frente assimilar até “subprodutos” intragáveis como o ódio. O Punk será alguma “elite” marginal de esgoto ou coisa do tipo? Ou será alguma aberração da natureza que veste calças verde catarro, cantam sobre amores enlatados e dizem tocar um som HC? Para essas duas posturas acho que mostraria o meu traseiro.
Prefiro acreditar na minha experienciação pessoal. Que tal começar com uma conspiração de um? Se não procuramos nem ao menos entender as nossas querelas pessoais, como julgar a mentalidade do outro por mais grotesca e estúpida que pareça? Sabe como é: você é jovem, fracassado, inadaptado, solitário, feio e inconformado com as injustiças do cotidiano. Você é tratado como um borrão, um homem sem face, o melhor do pior molde. Você procura fazer o melhor que pode, mas é ridicularizado. E vive em um contexto social de constante cobrança por resultados, como se fossemos engrenagens vivas, investimentos orgânicos ou coisa parecida. A rotina é um “caos geral mental”. Você toma nojo de frases tipo: “Não há nada que você possa fazer para mudar isso, são as normas, você deve apenas obedece-las”, ou então “O mundo não é do jeito que você quer”. Já imaginou o que seriam as ciências como a história, sem personagens que de acordo com suas motivações (nem sempre se valendo de ortodoxias cristãs, ou baboseiras do tipo) buscassem um drástico realce em seu “habitat”. Ou será que somos formigas ou abelhas operárias, que entendem seu papel hierárquico dentro de uma sociedade e apenas seguimos em frente sem questionar, cientes de que o papel é aquele, como se já tivéssemos um destino escrito em um alfarrábio de uma entidade que come poeira cósmica em algum canto remoto deste prisma de vidro que é o universo.      
O “ser punk” (cabe o clichê) é a voz da mudança, dos fracassados e incompreendidos, o caminho para o recomeço. E porque não recomeçar regurgitando de volta ao mundo aquilo que ele nos obriga a digerir todos os dias? O que há de errado em começar do zero, ou usar o ódio de maneira construtiva? Na música, no teatro, no fanzine? Não é crime ser pessimista. Não é crime não ter religião. Crime penso eu, é esse falso moralismo em que estão as nossas lindas instituições falidas: as famílias, porque essa suposta “moral” que vigora é apenas um holograma de perfeição e que não permite um espírito de ruptura com a disposição social em que vivemos que todo o dia sacrifica sonhos, se utilizando até de boas intenções para se fazer o mal. Então já que é assim, porque não fazer o mal com boas intenções?  Não creio que sou um criminoso por ser iconoclasta ou algum tipo de transgressor, seja de linguagem, comportamento ou o que quer que seja sabe?
Penso que não é se segregar da cultura vigente, até porque se queremos desenvolver um espírito crítico sobre o mundo em que vivemos precisamos vivenciá-lo; mas é ao mesmo tempo não permitir que o que você pensa ou o que você sente se torne uma atitude consumível. Não existem verdades absolutas, ducados indestrutíveis, impérios impenetráveis; O que existem são preconceitos, estereótipos forjados em vidas sem estilo e em estilos sem vida. O que deveria ser percebido é a ideia de libertação, ou pelo menos a tentativa de fuga rumo a essa libertação. É não permitir em hipótese nenhuma que um ideal seja cristalizado. Entender que são posturas, condutas que se entrelaçam com a própria forma de viver. Se não há um pouco de sua própria vida, do seu conceito a cerca da civilidade, da compreensão global e da dinâmica individual das coisas que te cercam,penso eu (questione o que estou dizendo se quiser porra!) não é possível fazer algo verdadeiramente sincero. Vão continuar sendo apenas códigos de postura, um prato cheio para a construção de novas tradições. Não é seguir manuais de instrução, mas incentivar a subjetividade de cada um. Liberdade para pensar não tem preço. A vida é uma constante mudança de mentalidade. E a mudança de mentalidade é o primeiro passo para uma mudança de contexto. Esse é o brotar de uma nova identidade, um encontro com o um nicho mais justo, a coragem que falta para muitos para se fazerem vivos perante as pessoas e as coisas que elas fazem. A constante mudança de opinião é o que move o ser humano a lutar por dias melhores. E por fim viver aquilo que acredita e não se apropriar de um resquício de ideal embalado para presente, com prazo de validade e código de barra. Tenho dito.
Voltando ao início, é ver que “no fim das contas” (rererere), Punk é só um clichê para o homem que questiona e que tem um forte senso crítico em relação aos dogmas que costumam dizer o que é certo e errado na sociedade. Você não nasce “Punk”, você não sai dizendo “sou Punk”, você simplesmente vive, sem nomenclaturas, éticas ou filosofias premeditadas.
E viva a Liberdade de expressão!
Se não gostou do que leu, foda-se, vai fazer teu blog e as tuas reflexões.  
Até.

Apresentação.

Olá! Sejam todos bem vindos!

O Chá de Cianeto está oficialmente aberto ao público!
Nascido em 06/11/2010 este blog tem como objetivo valorizar a cultura do incômodo, da dor, do ressentimento. Traremos o porão para a sala e faremos a irrelevância se sentir profundamente desejada.O marginal poderá sentar a mesa sem turbulência. Será criado o espaço para a poesia marginal, para a análise das tribos urbanas nas mais diversas formas de linguagem, valorizando especialmente a poesia onde todo o universo(ideológico, político, musical) deste mero ser desconhecido que vos fala ganha importância.
Bom deleite!