Um tapa na cara do status Quo!

domingo, 21 de dezembro de 2014

Esquecido




Nos abismos da memória
Brilha num apagado rastro de borrão
É a bagunça esquecida no sótão
E medo de descer ao porão
Teu espírito vagueia
Nas lembranças como uma assombração
Retalhos de uma promissora existência
Cruel requinte de ilusão...
Jaz desbotado
Do dito és banido
Vai desolado
História de um esquecido
Como o soldado de uma guerra perdida
Tem marcas que o tempo não desfez
Chega em tom de despedida
É a carícia que não satisfez.
Deixou escapar por entre os dedos
O anjo de seu pesadelo
Que fugiu de teu devaneio
Indiferente a seu apelo

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Melhor sem Mim



Nossos corpos mornos no prazer
Fazem ser agridoce um maldizer
Somos como uma canção desafinada
O fim da linha de uma viagem ao nada
Amor em carne viva
Bomba sem ogiva
Gozo sem excitação
Corações em colisão
Inferno na redenção
Bem melhor sem mim!
Sou a má lembrança do teu relicário
Tua prisão em um grilhão libertário
O teu rompante de desejo
Se esvai de meu beijo
Sou solidão na companhia
A coragem sem ousadia
Sou mágoa sem remorso
O fundo do poço
Cansaço sem esforço
Bem melhor sem mim!
Sou pecado que sagra
A derrota que consagra
Sou a guerra que deflagra
A Sutura que sangra
Pingos em baldes...
Sei que é bem melhor sem mim.