Um tapa na cara do status Quo!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Desabafo


Ontem tentaram extrair o melhor de mim
Não pude controlar o riso até o fim
Entenda, eu não quis desmerecer
Mas eu sei no que nos tornamos ao crescer
Não se deixe levar
Não se deixe mostrar
Não tente esperar
E talvez vá passar
Agradeço o modo como me elogia
Mas acho que prefiro o meu porão
Maus demônios me fazem boa companhia
Distantes de seus olhares de compaixão
Não se deixe agradar
Não se deixe calar
Não tente provar
Talvez isto irá
Sou mais um blefe neste lugar mundano
Moeda de troca em sabotagens
Tão confortável em ser comum engano
Encaro a vida como uma tola miragem
Não se deixe descuidar
Não se deixe ausentar
Não se deixe desarmar
Não se deixe parar
Não se deixe compensar
Não se deixe consolar
Não tente lembrar!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Espirito de Porco



Espírito de Porco!
Coração Oco!
Morrer e Morrer
É no que penso
Tudo é tão falso
E é tão alto o preço!
Trapaças degolam sonhos pelo caminho
É muita coragem encara-las sozinho
Perder e perder
Do pior jeito
Me faz querer rever conceitos
Na vida que escorre pelo ralo
Guardar rancor é zelo!
Espírito de porco!
Coração oco!
É mais fácil descartar
Do que tentar resolver!
A intenção de seu encanto
É me prender em um quebranto!
Uma promessa, a mentira, ressaca moral
Em meu enredo mudaram o feliz final
O ódio é um manancial
Em meu apocalipse pessoal!
Espírito de porco
Coração oco!



*Em memória de Dee Dee ramone. 

Cadafalso


Som do desprezo
Tua diversão
Eu guardo apreço
Tu me reserva aversão
Não sou malfeitor
Mas não tenho a razão
Eu lhe tenho purdor
Mas tu é a má intenção
És meu cadafalso
Meu passo em falso...
Eu sou o cristão
Tu fez o que quis
Me sinto a recreação
De uma meretriz
É o puro dissabor
Porém estou tão feliz
Pode ver meu rubor?
Escapei por um triz
És meu cadafalso
Me afoga no raso...
Minha falha na couraça
Homérica ressaca
Talvez eu mereça
Me chame de babaca
Anda ausente
Sou a tensa impressão?
Pesada corrente?
Quase voz de prisão?
A dúvida paira
Estou em colapso
Porque não atira?
Me mate no cadafalso!
No cadafalso
Meu repouso...

Erro de percurso




Eu fui a sutura
Atenção rara
Mas quem me sara?
Te dei a desculpa
Lhe livrei da culpa
Porque não me poupa?
Hoje sou remorso
Erro de percurso
O peso no dorso!
Vergonha exposta
Derrota imposta
Tua última aposta!
Aos destroços novamente...
Meus cacos são tão reluzentes!
Era divino...
Parecer sereno
Rindo como um menino!
Era relaxante
E até relevante
Pensar adiante!
Para mim foi mágico
Mas o tempo é cáustico
E age lacônico!
Não abrirei o meu presente...
Não sei parecer contente
Eu estava quieto
Firme e reto
Porque chegou perto?
Deixou ranhuras
Pequenas diabruras
E foi embora!
Como o prazer de um trago
Tem o gosto do estrago
Sabor bem amargo!