Um tapa na cara do status Quo!

domingo, 29 de abril de 2012

Zona da Morte


Você tem o costume
De sentir um peculiar perfume?
Nem incenso cobre o azedume
Do sangue misturado
Ao rastro do chorume!
Você tem na rotina
Amigos que somem
Em ritmo de chacina?
Não há quem de lá retorne
Sem apreciar o disforme!
Vai comer grama pela raiz!
Zona da Morte!
Acabar com a boca cheia de formigas!
Boa sorte!
Você escuta todo dia
O ronronar do estômago da periferia?
Que praga sobraria?
Com tanta tortura
Em vício e epidemia!
Você que tem o pé no chão
Já sabe que quem diz ter a solução
Deixará de boa fé uma má impressão!
Vai usar paletó de madeira
Zona da Morte!
Vai virar comida de planta!
Seja forte!

domingo, 22 de abril de 2012

Pequeno luxo


Como eu quis estar lá...
Quando as lágrimas não te permitiam repousar...
Seria um pequeno luxo a este vadio
Te salvar deste mundo arredio
E ser o alívio após o arrepio!
Eu sempre quis ser a menção
De dias de intensa diversão
Não lamente pelo que perdeu
Você bem sabe o quanto cresceu
 Há muito um novo dia floresceu!
Outra chance
Ao alcance...
Venha comigo
E descanse!
Permita que eu possa tecer
Laços que me levem a você
E que teu vazio eu possa preencher...
E tua confiança reacender...



domingo, 8 de abril de 2012

Sombras


Sombras...
Guardam minha carcaça decadente
Crenças...
Ainda posso acreditar?
Lamúria...
Guarda a nossa prepotência
Máscaras...
De um mundo arrogante
Sombras absorvem você
Elas envolvem os teus  rituais
Você não pode enganar sempre
Seu burburinho vai te condenar
Sombras...
Em meio a fome tão frequente
Minúcias...
De uma justiça tão parcial
Gritos...
Abafados mas indicam...
Pesadelos...
Não são só impulsos cerebrais
Sombras acompanham você
E velam seu momento de torpor
Seus rugidos deselegantes
Nunca te pouparam da dor!
Sombras...
Fartam-se de sua ignorância
Verdades...
Tudo o que contam a você
Demagogia...
Em alegorias fantásticas
Miséria...
É o melhor de seu ser!
Sombras amaldiçoam você
Se apegam a bens materiais
Desilusão ao perceber
Que é só mais um passado para trás!
Sombras
A lenta decadência...



Ps: Fiz esse poema com 15 anos! Gostei tanto dele que escondi por um bom tempo. espero que apreciem e tirem suas conclusões. Quanto ao Blog, estou excitado para voltar a escrever. Acredito que vou dedicar mais tempo para ele agora. Fiquem com esses dois brindes e esperem por novidades! ;)

Idiota


Mesmo que eu não conturbe
Ou saia do lugar
 A sorte me concede
O uno dom de incomodar
Eu tinha em meu rosto
Uma covinha vulgar
E até disseram: é melhor morto!
Mas isto está longe de acabar!
Eu nunca fui de reconsiderar
Não espere que eu vá me importar
Já cansei de ouvir você implorar
Esqueça, não vou te confortar
Na vida que escolhi adotar
Não há tempo para se arrepender
Porque vou me adaptar?
Se eu posso agir e convencer?
Não faço questão
De ser o que convém
Até perco a direção
Mas dela não sou refém
Idiota é dizer
Que consigo vive bem
Se ignora o que de ti advém...