Pai do céu a quem rogo
Somos
mesmo tão análogos?
Sou
tão austero
Quanto
um zero
A
atenção distraída
No
beco sem saída
Sou
o aceno
De
um gesto obsceno
A
jogada espetacular
Num
jogo sem placar
Sou
tranca sem chave
E
palavrão suave
Um
obscuro soneto
O
rancor irrequieto
Eu
sou um Bastardo
Pai,
socorro!
Pode
com meu desaforo?
Sou
mais uma promessa
Entre
tantas remessas
Sou
piada sem graça
Numa
mala sem alça
Um
baralho sem ás
Na
trapaça fugaz
Sou
a má intenção
No
sexo sem tesão
História
mal contada
E
prova armada
Eu
sou um Bastardo
Bem
como a fissura no trunfo
E
perca no triunfo...
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