Mãe, os anos não foram bons para nós...
Não nos damos bem, quando estamos a sós!
Ainda convivemos sobre o mesmo teto
Mas estamos distantes, sem sair de perto!
Por muito tempo eu mal opinei, só calei...
E foi com você que não mais fantasiei...
E a casa em que cresci
Em meu trabalho transformei
Apenas enfraqueci
E pouco te agradei!
Eu também não te agradeci
Por tudo que muitas vezes não mereci
Quanto a mão que quase levantei
Perdão, muito me constrangi
Mas foi o puro reflexo de tudo que ouvi (não!)
De quando renegou o dia em que eu nasci
Nunca teve a menor ideia do que eu sofri
Não quero estas blandícias
Sabe o que está fazendo?
Sim mãe, são más notícias
Eu te amo mas não te entendo...
Obs: Esse é o último poema de cunho mais pessoal . Vou dar uma pausa nessas temáticas dolorosas para mim. Não foi fácil faze-lo. Não pretendo mais falar sobre meu íntimo, de forma tão direta, pelo menos não tão cedo. Alguns amigos já estão até criticando esse meu "apego ao passado"(está mais presente e vivo do que nunca!)...Mas eu precisava desabafar esse último caso. Não espero que me entendam e nem me importo se não querem entender.(Isso foi ambíguo pra caramba!) Vou voltar com poemas de problemas sociais, que de certa forma tem sim, muito a ver com o que guardo na minha retina e tentar voltar com a roupagem que o Blog tinha em seus primórdios . Até breve leitor.
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