Eu
tenho o desconforto de quem tem medo
Estou
ferido mesmo saindo ileso
Em
tons de cinza, de gosto azedo
Meu
auxílio me torna indefeso
Cresce
em mim resíduos de morte
Que
me abatem como feras famintas
Eu
não sei bem se serei forte
Mas
peço que não minta
Sei
que posso lutar
E
impedir que essa biópsia
Se
torne autópsia
Faça-me
refutar
Contrariar
a lógica
Sem
usar mágica
Tira
essa máscara do teu semblante
Não
escancare o riso como uma exigência
Guarde
as profecias revigorantes
Que
revelam tua fé em decadência
Cuspa
fora toda essa falácia
Arranca
logo de mim esse edema
Envenena-me
com o que guarda em sua farmácia
Mas
não inventa solução para o meu problema...
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