Um tapa na cara do status Quo!

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Não Minta




Eu tenho o desconforto de quem tem medo
Estou ferido mesmo saindo ileso
Em tons de cinza, de gosto azedo
Meu auxílio me torna indefeso
Cresce em mim resíduos de morte
Que me abatem como feras famintas
Eu não sei bem se serei forte
Mas peço que não minta
Sei que posso lutar
E impedir que essa biópsia
Se torne autópsia
Faça-me refutar
Contrariar a lógica
Sem usar mágica
Tira essa máscara do teu semblante
Não escancare o riso como uma exigência
Guarde as profecias revigorantes
Que revelam tua fé em decadência
Cuspa fora toda essa falácia
Arranca logo de mim esse edema
Envenena-me com o que guarda em sua farmácia
Mas não inventa solução para o meu problema...

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