Um tapa na cara do status Quo!

sábado, 28 de novembro de 2015

Lamúria




Inocência perdida
Em teus desejos doentios
Batinas e estacas
Não ocultam tua excitação fálica
Me excomungue de sua comunhão
Machuca sem deixar arranhão
Tem o pão de cada dia
Tirando de quem não come
Fica a lamber feridas
De mortos em sepulturas sem nome
Por uma onipresença ausente
És passado no presente
Teus livros empoeirados
E armas aquecidas
São banhados em sangue coagulado
E lamúria esquecida
Suma com sua fé lunática
E luta pela paz numa guerra fanática
Amor sinistro
Pode ser ver no outro?

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Meu amigo secreto


Caro amigo secreto
Eu tenho um segredo
Não tente esconder o rosto
E mascarar seu gesto
De apontar o dedo e julgar
Munido de juízos de valor
Ela não é brinquedo em seu lar
Nem joguete em seu jogo de azar
Você não sabe como é
Fugir de assédio a pé
Não tem seu corpo reprimido
Nem seu útero invadido
Suma com seus desejos perversos
E galanteios asquerosos
Saiba que não é indolor
O encontro com os espinhos de uma flor
Não pense que barba e bigode
Poesia e acordes
Escondem tua peçonha
E te livram da vergonha
Nem freira nem puta
Para além de força bruta
Ela pode escolher
Ressona o poder ser
Força mulher!

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Contra A Parede





Estou contra a parede
E é bem difícil pensar
Eu tenho muita sede
São meus gritos de pesar
Busca paz a alma
Entre trincheiras
Se sente limpo sujo
De pólvora e poeira
Faz de sua palavra reconfortante
Fraude emocionante
Segue armado de crenças
Marcha munido de ofensas
És gentio e sacerdote
O fio da espada do mais forte
Siga a escuridão brilhante
Reze outra blasfêmia arrogante
Exalando esse cheiro de morte
Pode dormir a noite?
Sua babel desabou
Para onde ir se o paraíso queimou?
Aos filhos fica a herança:
A tempestade na bonança