Nossos corpos mornos no prazer
Fazem
ser agridoce um maldizer
Somos
como uma canção desafinada
O
fim da linha de uma viagem ao nada
Amor
em carne viva
Bomba
sem ogiva
Gozo
sem excitação
Corações
em colisão
Inferno
na redenção
Bem
melhor sem mim!
Sou
a má lembrança do teu relicário
Tua
prisão em um grilhão libertário
O
teu rompante de desejo
Se
esvai de meu beijo
Sou
solidão na companhia
A
coragem sem ousadia
Sou
mágoa sem remorso
O
fundo do poço
Cansaço
sem esforço
Bem
melhor sem mim!
Sou
pecado que sagra
A
derrota que consagra
Sou
a guerra que deflagra
A
Sutura que sangra
Pingos
em baldes...
Sei
que é bem melhor sem mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário