Um tapa na cara do status Quo!

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Nervos de Aço



Desistindo da fuga
Demolindo minha ruga
De preocupação
Nos Verbos que conjuga
Na lábia sem censura sou
A doçura na agressão
Tirei conclusões reveladoras
Nas Ruínas desoladoras
Do meu ser
Fui e voltei do abismo
Com certo eufemismo
Pra melhor abstrair
Me muni de ceticismo
E desabriguei meu próximo
Fui me reconstruir
Neguei meu diagnóstico
Desmascarei o postiço
Digeri o ranço
Que venham os percalços
Tenho nervos de aço!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Na Escuridão




Bem velho amigo...
Pode entender?
Porque espero o perigo
Me atingir sem eu perceber?
Tantos silêncios e indícios
Ainda irá me reconhecer?
Antes iria ao encalço
Hoje só quero esquecer...
Pois sem pesar tirou de mim
A paz que tanto tentei tecer
Eu não quis que fosse assim
Mas não posso interceder
Esta terrível imposição
Escureceu minha visão
Eu mudei na escuridão
E aprendi nessa prisão
E hoje eu digo não
Eu escolho com atenção
É assim que as coisas são
Não vale a pena estender a mão
A quem não quer salvação...
Espero que não me entenda mal
Mas essa frieza que ficou habitual
É a vida, afinal
E resistir ao golpe letal
Nos dignifica no final
É Façanha seminal
E Lembrança matinal
E que seja valente
Mais consciente
E menos aparente
Eu visei a escuridão
Mas me mantive são
Eu obtive a opção
Trilhei minha condição
Piedade virou perdão?
Contemple a reação...

Homem de Negócios




É polindo tua grandeza
Que expõe tua fraqueza
Trajar a avareza
Não te faz da realeza
És homem de negócios
Ou placa de anúncios?
Tosco resquício
Desse falido hospício
O reverbero humano
É perecer insano?
Tolo artifício
Mal presságio
Gozo fictício
É o truque propício
E caro benefício
Exibe satisfeito
Demasiado desgosto
O que lhe é bonito
É velho e decrepito
Guarda seus remorsos
Como brilhantes espólios
Troca o lúdico
Pelo fatídico
Afirma fazer planos...
Inequívoco engano
Vil ofício
Doce ludibrio
Vazio auspício
És malévolo indício
E Empurrão no precipício...

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Cianeto




Sobre os olhares depravados
Este desnaturado cresceu
Exemplo de filho deserdado
Faz do declínio o apogeu
Criança sem jeito
Menino ingrato
Como podre fruto
És talento nato
Recusa o fato
De que é melhor morto
És reto quando torto
Vai exalando Cianeto!
Ser confinado a uma mente claustrofóbica
É detenção com truculência
É como ter uma arma contra a nuca
Com certa recorrência...
Até o bom sujeito
Parece suspeito
Falta com o respeito
E deixa fio solto
Asno quando astuto
Calmo quando puto
Amor sem intento
Beijo com Cianeto!
Marcha com voraz paixão
Para a auto destruição
Conduz sua atuação
Por um roteiro de contradição...
Cospe no prato
Desfigura conceito
É a sombra no vulto
Do ultimo ato
Ódio no rosto
Belo defeito
Trato desfeito
Coração de Cianeto!

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Sem Orgulho




Não importa se tu goza
De grande reputação
Vão te por de joelhos
Sem direito a reação
Irá apanhar
Antes que possa revidar
Pelas mãos de um zé ninguém
Vindo de lugar nenhum
Vai mordiscar as sobras
Com faminta resignação
E se alojar na penumbra
Máxima precaução
Engole tua honra
Morra sem fazer barulho
És o escolhido
O homem sem orgulho
Saber o que quer
Não implica no que vai ter
Fará o que puder
E mal ficará de pé
Marcas permanentes
Não te fazem altivo
A dor é benevolente
Por te manter vivo
Vão te abafar
Antes que possa dizer
Vai parar pra orar
E pragas irão te benzer
Fez da própria História
Páginas de ato falho
És canção a escória
Homem sem orgulho