Conte-me
Toda
a verdade
Por
trás desse rubor
És
o açoite sem piedade
Me
consome
Sem
demora
Sou
todo escombros
Edificado
em sobras
Na
tua peça sou o fantoche
Anedota
para deboche
E
peça de descarte
És
disco sem encarte
Afável
disparate
Senil
jogata
sociopata!
Devora-me
És
toque que deflora
Moléstia
que aflora
Em
aguda piora
Me
larga
Sem
serventia
Sei
que goza com minha agonia
Nas
masmorras da memória
Sou
a angustia disforme
Em
tua poesia infame
Fraude
em catarse
Mestra
no disfarce
Prenúncio
de desastre
Fingir
também é arte
Resenha
de errata
Sociopata!