Um tapa na cara do status Quo!

sábado, 29 de novembro de 2014

Sociopata





Conte-me
Toda a verdade
Por trás desse rubor
És o açoite sem piedade
Me consome
Sem demora
Sou todo escombros
Edificado em sobras
Na tua peça sou o fantoche
Anedota para deboche
E peça de descarte
És disco sem encarte
Afável disparate
Senil jogata
sociopata!
Devora-me
És toque que deflora
Moléstia que aflora
Em aguda piora
Me larga
Sem serventia
Sei que goza com minha agonia
Nas masmorras da memória
Sou a angustia disforme
Em tua poesia infame
Fraude em catarse
Mestra no disfarce
Prenúncio de desastre
Fingir também é arte
Resenha de errata
Sociopata!